segunda-feira, março 31, 2014

AZULEJOS COM A ESTRELA DE DAVID ENCONTRADOS NAS ESCAVAÇÕES EM TREBLINKA CONFIRMAM A EXISTÊNCIA DE CÂMARAS DE GÁS





AZULEJOS COM A ESTRELA DE DAVID ENCONTRADOS NAS ESCAVAÇÕES EM TREBLINKA CONFIRMAM A EXISTÊNCIA DE CÂMARAS DE GÁS

Uma equipa de arqueólogos em escavações no campo de morte de Treblinka encontrou azulejos com a gravação da estrela de David, confirmando a veracidade da existência das câmaras de gás neste campo de concentração e que sempre eram testemunhadas pelos sobreviventes do Holocausto.
Só neste campo de morte foram mortos pelo menos 900.000 judeus, tendo sido construído um memorial sobre o enorme campo de extermínio.
Nenhumas escavações foram permitidas no campo por uma questão de respeito às vítimas deste hediondo genocídio.
A arqueóloga forense Caroline Strudy Colls recebeu permissão da parte das autoridades polacas e de líderes religiosos judeus para avançar com a primeira escavação de sempre naquilo que, segundo testemunhas, era o campo de morte - Treblinka 2 - como parte de um documentário que foi para o ar no passado sábado no canal de TV Smithsonian.
Durante a escavação, o arqueólogo holandês Ivar Schute descobriu fragmentos de quatro azulejos de cores diferentes com a gravação da estrela de David, estando um deles quase completamente intacto.
A CAMINHO DA MORTE
Os azulejos com a gravação da estrela de David eram parte do embuste do nazis usado para iludir as vítimas, fazendo-as crer que estavam entrando num verdadeiro salão de banhos. 
O campo Treblinka foi completamente destruído pelos nazis em 1944, antes de fugirem das tropas russas que se aproximavam. As tropas nazis destruíram também algumas das aldeias polacas próximas, juntamente com as evidências mais directas e claras do genocídio que ocorreu naqueles campos. Foram completamente queimados e destruídos 761 edifícios, e muitas pessoas foram mortas nesse processo.
Na altura em que o exército russo chegou ao local, a terra que até ali tinha albergado a máquina de morte nazi tinha sido arrasada, nivelada, lavrada e coberta com plantações de tremoço.
Até agora toda a informação sobre Treblinka era proveniente dos testemunhos de sobreviventes ao Holocausto que haviam estado neste campo, de confissões dos nazis e de uma mão cheia de documentos encontrados.
Estes sobreviventes tinham descrito a existência de azulejos em todo semelhantes àqueles agora encontrados nas paredes das câmaras de gás.

VALAS DE SEPULTAMENTO EM MASSA
No campo Treblinka 1, Strudy Colls e equipa encontraram ossos humanos, o que os levou à descoberta de três valas de sepultamentos em massa previamente desconhecidas, levando à conclusão de que Treblinka 1 era mais do que um campo de trabalhos forçados, como anteriormente se pensava.
Os ossos tinham marcas de cortes que confirmam os testemunhos dos sobreviventes de que os corpos eram cortados antes de serem incinerados nos fornos crematórios - afirmou Colls.
Ao perceberem o que tinham descoberto, os arqueólogos decidiram voltar a enterrar os ossos.
"O que estávamos a fazer ali era fechar de novo a tampa daquela vala de sepultamento...nunca tinha pensado que seria eu a reentrar nos restos mortais" - afirmou Colls à cadeia de TV NBC.
Os arqueólogos desenvolveram mapas computadorizados do sítio, utilizando fotografia aérea, tecnologia GPS, radar de alcance subterrâneo e uma tecnologia de scanning a laser, todas elas contribuindo para determinarem o local a escavar, apesar de - segundo Colls - tentarem evitar mexer nos restos das vítimas ali sepultadas, mais do que o estritamente necessário.
"A dimensão ética do trabalho que faço é para mim muito importante" - afirmou a arqueóloga.
Strudy Colls explicou ainda que a arqueologia era agora mais importante do que nunca, à medida que os sobreviventes do Holocausto vão morrendo e o conhecimento daquilo que se passou em Treblinka morre com eles. Isso torna-se ainda mais evidente com a provável existência actual de apenas 2 sobreviventes vivos do campo de Treblinka
"Há algumas questões que só podem ser respondidas através da arqueologia" - declarou Colls Strudy.
A arqueóloga tenciona voltar a Treblinka no próximo ano para mais escavações, tencionando também recolher os seus achados num livro e numa exposição futura.

Shalom, Israel!


1 comentário:

Anónimo disse...

O Horror do Holocausto parece não ter fim, á medida de descobrimentos como esses.

Fabiana

Brazil