quinta-feira, julho 04, 2013

SERÁ ESTA "REVOLUÇÃO" NO EGIPTO O FIM DO "ISLÃO POLÍTICO"?

NOVO GOVERNO INTERINO DO EGIPTO
O presidente sírio, a braços com uma guerra civil no seu próprio país que já levou à morte de mais de 100 mil pessoas, abordou a "revolução" egípcia que em 3 dias apenas conseguiu levar à deposição do presidente islamista Morsi, como sendo a "queda do islão político."
Creio que ele tem razão. Ainda que não se conheçam todos os contornos da situação, muito menos o fim desta repentina mudança drástica, a verdade é que o povo egípcio deu uma fantástica demonstração de democracia, ao juntar-se nas ruas, aos milhões, durante 3 dias seguidos, forçando o exército a intervir e a depôr o presidente Morsi, apesar de este ter sido democraticamente eleito há um ano atrás.
MAHMOUD MORSI DEPOSTO PELOS MILITARES
O presidente Assad comentou na sua página pessoal no facebook: "O que está a acontecer no Egipto é a queda daquilo que é conhecido como islão político," - afirmou o ditador sírio, acrescentando ainda: "Em qualquer parte do mundo, quem usar a religião para fins políticos, ou em benefício de uns e prejuízo de outros, irá cair."
E acrescentou: "Não se pode enganar todo o povo em todo o tempo, já para não mencionar o povo egípcio, detentor de uma civilização milenar e que abraçou o claro pensamento nacionalista árabe." 
Ainda segundo Assad, o povo egípcio descobriu a realidade sobre a Irmandade Muçulmana, logo ao fim de um ano. O grupo islâmico que colocou Morsi no poder não conseguiu encobrir as mentiras usadas no início da revolução popular iniciada há dois anos atrás. 
A "Irmandade Muçulmana" é proibida na Síria, onde alguém que seja apanhado pertencendo a esta organização é punido com a pena de morte. Sabe-se que a "Irmandade Muçulmana síria" está integrada na "Coligação Nacional" da oposição síria, que luta contra o actual regime de Bashar Assad.

O agora deposto presidente Morsi foi entretanto detido e protegido pelo exército egípcio.
Esta manhã foi já empossado o novo governo interino, sob a direcção do seu novo presidente, Adli Mansour, até agora presidente do supremo tribunal constitucional do Egipto. Mansour presidirá aos destinos da maior nação árabe do mundo, até à realização de novas eleições, ainda sem data anunciada.
Cerca de 300 membros da "Irmandade Muçulmana" foram entretanto detidos pelo exército.

UM BEM PARA ISRAEL?
Estamos ainda longe de conhecer as consequências deste "quasi" golpe militar, muito menos adivinhar qual o resultado das próximas eleições. Uma coisa porém é certa: Morsi tinha uma programa de "islamização" que era do agrado dos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, e tinha já avançado com a sua "cruzada", tentando reunir os muçulmanos para a conquista de Jerusalém.
Tudo isso falhou por agora, deixando Israel a respirar de alívio pelo menos durante mais algum tempo. 
Porém, como neste momento naquela região nada é previsível, todos os cuidados são poucos.
E os cristãos egípcios, sob intensa perseguição e ameaças do poder islâmico que regia o país até ontem, poderão também sonhar um pouco mais com a liberdade e possibilidade de poderem viver em paz e tranquilidade nesta nação predominantemente islâmica.
Shalom!

1 comentário:

Zafenate Panéia disse...

Mais uma queda daquele que foi bajular o Hamas na faixa de gaza.