segunda-feira, agosto 09, 2010

NETANYAHU CRITICA DURAMENTE IRÃO E SEU´PÁRIA "HAMASTAN"

O primeiro ministro de Israel compareceu esta manhã diante do comité Turkel para discussão e defesa da intervenção das Força de Defesa de Israel na flotilha que em 31 de Maio desafiou as ordens israelitas para não se aproximar das águas territoriais de Israel.
E jogando num campo em que se mexe como "um peixe na água", Netanyahu passou ao ataque e declarou que para se tratar globalmente do assunto do ataque à flotilha, seria necessário primeiro clarificar a política do governo em relação ao Hamas.
Segundo Netanyahu, o Hamas tem nesta última década recebido ajuda crescente do Irão "que também apela a que se apague Israel do mapa" e tem essencialmente convertido a região num "Hamastão". "O Irão forneceu milhares de rockets, mísseis e outras armas ao Hamas que foram usadas, e ainda o estão sendo contra Israel".
Netanyahu disse que o Hamas é responsável pelo ataque da semana passada a Ashkelon e pelos mísseis disparados cntra Eilat. Citou o presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Israel, Dorit Beinisch, dizendo que o Hamas é dirigido por uma organização que trabalha incansavelmente para para atacar Israel e viola completamente a lei internacional ao iniciar violentos ataques indiscriminados contra homens, mulheres e crianças.
"Visto que este comité está tratando da questão da lei internacional, quero apontar que o Hamas está em violação de pelo menos 4 crimes de guerra: o apelo ao genocídio, fogo disparado contra civis, o uso de civis como escudos humanos, e o impedimento à Cruz Vermelha para que visite o soldado cativo Gilad Schalit."
Descrevendo a sua política em relação a Gaza, Netanyahu disse que mal subiu ao poder determinou uma política relacionada com a região baseada em quatro critérios:
1. Acções para libertar Schalit.
2. Reacção imediata a todos os ataques com rockets oriundos de Gaza.
3. Acções para impedir a entrada de armas em Gaza.
4. Prevenir uma crise humanitária na Faixa de Gaza.
E prosseguiu, demonstrando os factos que provam a sua intervenção em diversas acções para a prossecução destes objectivos. Entre muitos exemplos, a proposta para a troca de Schalit por 450 membros do Hamas presos em Israel + 550 prisioneiros palestinianos, desde há 8 meses esperando resposta do Hamas. Os acordos feitos com o Egipto para impedir a entrada de armas em Gaza. A contínua permissão dada por Israel para o fornecimento de electricidade, água e combustível àquela região dominada pelo Hamas. A permissão para a entrada de comida, medicamentos e outros bens necessários. A contínua permissão para a entrada mensal em Israel de cerca de 1.500 pacientes vindos de Gaza e suas famílias, "algo que mostra melhor do que qualquer outra coisa o absurdo da reivindicação de que Israel está agindo de forma desumana para com Gaza".
"Prouvera que o governo terrorista do Hamas agisse com a população de Israel e com o soldado capturado Gilad Schalit com uma fracção da humanidade com que Israel trata a população de Gaza e os prisioneiros do Hamas" - afirmou o ministro.
E argumentou: "Elementos hostis a Israel utilizaram o infundado argumento de uma crise humanitária dentro de Gaza para tentar furar o bloqueio marítimo" - acrescentou, aludindo a que essa foi a razão que levou o Hamas a encorajar as várias flotilhas.
Referindo-se especificamente à intervenção na "flotilha da paz", Netanyahu aludiu à necessidade de Israel inspeccionar toda a carga antes que ela chegasse a Gaza, dando como exemplo o barco Karine A, interditado por Israel em 2002, em que "os iranianos tentavam fazer chegar a Gaza dezenas de toneladas de armamento".
Em outro barco direccionado ao Hezbullah - afirmou Netanyahu - o Irão estava tentando enviar dois terços de todas as munições que foram disparadas contra Israel durante a Segunda Guerra no Líbano.
Netanyahu informou ainda dos muitos e variados contactos feitos com o governo turco para impedir a saída da flotilha, sendo que esse governo nada quis saber nem fazer, ao contrário do que aconteceria mais tarde com o governo da Irlanda e contactos na Líbia que "agiram responsavelmente e ajudaram a evitar uma confrontação".
Netanyahu recordou ainda o encontro havido 2 semanas antes entre autoridades da Turquia e do Irão, as frases pronunciadas pelos militantes turcos a bordo de que "os judeus deveriam regressar a Auschwitz" e a citação do porta-voz do navio Marmara de que "O nosso objectivo não é levar ajuda humaitária, mas antes romper o bloqueio".
Netanyahu expressou ainda os seus sentimentos em relação à democracia em Israel, "uma democracia que se permite rever-se e investigar-se a si mesma".
As inquirições continuarão ainda com outros intervenientes, havendo agora um outro painel liderado pelas próprias Nações Unidas e cujas inquirições se iniciarão amanhã mesmo em Nova Iorque.
Shalom, Israel!

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